Ginásio Clube de Santo Tirso expande
os seus horizontes desportivos


VOLEIBOL COM RAÍZES PROFUNDAS 

Os primeiros passos desportivos do Ginásio Clube de Santo Tirso foram dados no ano de 1961 por um pequeno grupo de ginastas, mas a primeira modalidade do clube foi o Voleibol, sendo ainda hoje aquela que move o maior número de atletas federados (cerca de 150 praticantes).

A bonita história do Voleibol do Ginásio, cujo trabalho continua a ter como força motriz a forte aposta na Formação, bem como a qualidade de aprendizagem, produziu já, entre outros êxitos desportivos e sociais, sete títulos nacionais [seis em masculinos e um em femininos, este da II Divisão].

Fernando Jorge Moreira, actual Secretário Geral, antigo Presidente da Direcção e profundo conhecedor da evolução do clube tirsense, foi o cicerone da equipa de reportagem da «Manchete» na visita ao Complexo Desportivo Comendador Manuel Cálem, assim denominado em homenagem ao seu sócio fundador, que engloba uma piscina, courts de ténis, um pavilhão e, ainda – uma vitória na área social – um bar.

Na última década, o clube tem vindo a expandir as suas raízes, o que conduziu ao aumento generalizado do número de atletas e de modalidades.
 




  Miguel Correia Pinto: “É um projecto de formação de atletas,
 não de equipas”
 


Miguel Correia Pinto, Vice-Presidente para o Voleibol, destaca o facto de o clube, conhecido pelo seu eclectismo, prestar um serviço único no concelho ao fugir à regra e não servir as mais apelativas actividades de massas.

MIGUEL CORREIA PINTO: “O Voleibol é uma modalidade fundadora do clube e é difícil falar do clube sem pensar nesta actividade que move o maior número de atletas federados.
O Ginásio Clube de Santo Tirso é um clube ecléctico, que tem praticamente tudo, excepto futebol, fazendo jus aos seus regulamentos.
Todas as modalidades são muito importantes, mas o Voleibol salienta-se pelo facto de ter tantos anos quantos o clube e o maior número de praticantes federados”.


O que é que move o Voleibol do GC Santo Tirso?


MCP: “O nosso objectivo é a formação de atletas e gostamos, obviamente, que isso se reflicta nos resultados das equipas. E isso tem acontecido, pois temos registado resultados muito importantes na Formação.
A nossa aposta nos escalões mais jovens visa a formação de atletas, não de equipas, apesar de, por vezes, os dois aspectos se confundirem.
Estamos preocupados em apetrechar os atletas com o maior número de aptidões possível para, obviamente, servir também as nossas equipas de Seniores, no sentido de que elas tenham um núcleo de atletas oriundos da Formação. O que nem sempre é possível, pois hoje em dia os atletas vão-se perdendo pelo caminho até à idade adulta. É o que acontece com todos os clubes e nós não somos excepção nesse aspecto”.


O facto de terem equipas de Seniores, sobretudo uma equipa na I Divisão, transmite alguma confiança em relação ao trabalho que está a ser realizado…


MCP: “As grandes montras do Voleibol são sempre as equipas de Seniores e nós tentamos que as nossas estejam, se possível, num nível de referência para os atletas da Formação, pois estes eventualmente poderão projectar-se nessas equipas, com percursos e objectivos tangíveis, não objectivos que não possam ser alcançados.
É imprescindível as equipas de Seniores terem a capacidade de absorver os atletas da Formação.
Assim, tem de haver um equilíbrio entre aquilo que é o nível para estar na I Divisão e a capacidade de acolher os nossos atletas, sem termos de recorrer aos de outros clubes e, obviamente, perdermos a prata da casa.
Tem de haver um meio-termo. Não tem sido fácil fazer isto porque alguns atletas vão-se perdendo no percurso até aos Seniores, é difícil captar e fixar atletas na Formação”.


As metas traçadas estão a ser alcançadas?


MCP: “Temos tentado dar continuidade a dois objectivos. Por um lado, manter as equipas de Seniores nas primeiras divisões, tendo por base os atletas da casa. Vamos tentar consolidar este projecto para vermos se num futuro próximo temos capacidade de ambicionar, no caso dos masculinos, a divisão principal.
Por outro lado, é nosso objectivo ter o maior número de atletas possível. Somos um clube que acolhe os atletas, não temos pretensões de os seleccionar. Procuramos criar condições para que todos aqueles que estão interessados em representar o clube possam permanecer connosco. E felizmente, graças ao trabalho que desenvolvemos aqui, com treinadores qualificados, com boa formação académica mas igualmente pessoal, temos conseguido conciliar os dois aspectos.
Crescemos ao nível de atletas federados e, simultaneamente, temos atingido alguns resultados que nos orgulham, pois representam títulos nacionais e regionais, sendo consequência de uma aposta na formação individual que depois, graças à competência dos nossos treinadores, acaba por se traduzir em resultados também ao nível das equipas”.


Como é que numa época de crise generalizada, um clube pode continuar a crescer?

MCP: “O nosso clube é, efectivamente, ecléctico e está em crescimento. Santo Tirso não é um grande centro urbano, é uma cidade média em termos populacionais, ou seja, não apresenta uma grande base de recrutamento. Por outro lado, o clube presta um serviço único no concelho que é ter modalidades tão diversificadas que foge do padrão do futebol e das actividades de massas. Temos uma oferta tão diversificada em termos de modalidades que competimos, no bom sentido da palavra, uns com os outros dentro do clube. Temos conseguido fazer com que nenhuma modalidade cresça à custa das outras.
Estamos interessados em crescer como clube e que o Voleibol cresça com o clube sem fazer definhar qualquer outra das modalidades”.


Os adeptos apoiam e acompanham esse crescimento?


MCP: “Os nossos adeptos são basicamente os nossos sócios e os pais dos atletas. Temos cerca de 600 atletas federados, o que implica muita gente a acompanhar o clube.
No caso do Voleibol, não somos acompanhados pela totalidade dos adeptos, mas como procuramos fixar os atletas acabamos por ter muita gente a acompanhar a nossa actividade.
Queremos criar as melhores condições para os miúdos e equipas de Seniores, para que depois, por via disso, e esperando que a mensagem passe, as pessoas acabem por sentir alguma necessidade de filiação ao clube ao sentirem que o clube também é deles e da sua família”.


 


  Hugo Sousa: “Os atletas têm de sentir que o
treinador gosta da modalidade” 



Hugo Sousa
é o responsável pela Formação, função que acumula com a de Treinador dos Seniores Masculinos.
 

Como se «constrói» um bom treinador de Formação?

HUGO SOUSA: “Aquilo que deve ser um «bom» treinador de Formação varia de escalão para escalão.
A primeira coisa que o treinador deve querer é que os atletas gostem da modalidade. Assim, deve incutir nos Minis o gosto pelo Voleibol. Tem que ser um treinador que crie empatia com os atletas, que saiba lidar com eles e que os compreenda. Na parte da Formação, a partir dos Infantis, os aspectos técnicos e tácticos devem pesar no trabalho dos atletas, pois eles já se vão apercebendo se um treinador percebe ou não de Voleibol. Penso que aí esses requisitos já são mais importantes do que na parte do Mini-Voleibol.
A parte da empatia está sempre inerente, depois os atletas têm de sentir que o treinador gosta da modalidade. Creio que esses são os dois grandes condutores para alicerçar o gosto pela modalidade nos miúdos”.


Treina escalões de Formação, mas também treina Seniores. É importante para um treinador abranger o percurso todo de um atleta?


HS: “Na minha própria experiência, sinto que constitui um enriquecimento pessoal enquanto treinador. Já estive afastado do Mini-Voleibol, mas regressei há cerca de quatro anos e penso que deveria ser quase obrigatório em todos os clubes; não digo estar sempre presente no treino, mas pelo menos pontualmente, e ajudar.
Enquanto treinador, tem sido muito importante essa vivência com os mais novos porque todos os dias vou aprendendo um bocadinho com eles.
No caso dos nossos atletas seniores, mais de 90 por cento são atletas formados na casa, o que indicia logo qual o projecto do nosso clube, que é cada vez mais ter atletas da casa, que sintam o clube, um bocadinho como eu sinto, e creio que estamos mais próximos disso. Queremos ter atletas formados por nós e aos poucos acrescentar qualidade”.


Pessoalmente, o que lhe dá mais gozo treinar: Formação ou Seniores?


HS: “Tiro prazer das duas vertentes. Nos Seniores, a parte competitiva está sempre mais presente e os resultados sentem-se mais e são vividos com mais intensidade.
Na Formação, o resultado não assume tanta importância, porque não planeamos os treinos em função do jogo que vamos ter ao fim-de-semana, mas sim em relação ao que pretendemos a longo prazo, embora, como é lógico, a parte competitiva seja importante.
O treino de crianças e de jovens deve estar sempre mais virado para esse aspecto. É óbvio que os atletas querem ganhar e que o mesmo se passa com os treinadores, mas o treino não deve estar focado no resultado.
Em relação à Formação, no que sinto mais prazer é sem dúvida ver a evolução dos atletas ao longo do processo.
E também ver miúdos e miúdas com um trajecto que começa no Mini-Voleibol e que termina na parte sénior, mais competitiva. Ir da base até ao pico dá bastante trabalho mas considero que não haverá maior recompensa do que essa para um treinador de Formação”.


Os objectivos estão a ser atingidos?


HS: “Para o próximo ano, ao que tudo indica, vamos ter nos femininos todos os escalões de Formação, o que nos vai permitir começar a trabalhar mais na qualidade do que na quantidade, pois o número começa já a existir. Nos masculinos, iremos ter três escalões de Formação: temos já infantis e vamos procurar ter cadetes e Juvenis, não teremos nem Iniciados nem Juniores. Sabemos que não vai ser fácil e que o trabalho passa pelo Mini-Voleibol.
Estamos a juntar os Seniores com os atletas de outros escalões para jogarem entre eles, ou seja: criar empatia entre a família do Voleibol para que esta nos ajude a crescer.
Neste momento, são essas as nossas estratégias: que os nossos atletas comecem a ter uma maior ligação ao símbolo Ginásio e ao símbolo Voleibol, para ajudar a nossa secção a crescer. Estamos a dar passos pequenos mas sólidos no sentido dessa evolução”.


O que é que falta para que isso se concretize?


HS: “Na minha opinião, Santo Tirso ainda não é uma cidade com uma «mentalidade desportiva» e temos sentido grandes dificuldades em captar os jovens, especialmente no sector masculino.
Já chegámos a ter nos minis cerca de 80 miúdos, o que para o GC Santo Tirso, era um registo histórico, pois ainda não existe aqui a mentalidade desportiva que existe noutros clubes. Estamos a semear pequenas sementes no sentido de que a captação seja cada vez mais nossa: ir às escolas, incentivar os miúdos que jogam Voleibol e trazê-los cá.
Enquanto nalguns clubes os miúdos aparecem naturalmente porque os pais jogaram aí Voleibol, isso aqui ainda não acontece muito. E nós gostávamos que isso viesse a acontecer num futuro próximo”.

 



  Álvaro Ferreira: “Estamos a trabalhar para o título nacional” 



Álvaro Ferreira
é distribuidor dos Cadetes e foi chamado recentemente à Selecção Nacional de Sub-17 que estagiou em Miranda do Douro.
 

ÁLVARO FERREIRA: “A minha prática do Voleibol reparte-se pelos treinos no clube durante a semana, jogos ao fim-de-semana e treinos nos Centros de Formação da Associação de Voleibol do Porto às segundas-feiras.
O trabalho que desenvolvemos no clube é muito importante e faz com que nós consigamos crescer enquanto jogadores. Depois, o nosso esforço é recompensado de algumas formas, como, no meu caso e de alguns colegas meus, com a chamada ao grupo de trabalho da Selecção Nacional de Sub-17, o que constitui um motivo de grande orgulho, pois estamos a representar o nosso País”.


E em que medida esse estágio em Miranda do Douro foi recompensador?

AF:
“Foi um estágio muito positivo, no qual fizemos amizades, mesmo com jogadores que são nossos rivais a nível de clubes. Na Selecção, somos todos colegas e damo-nos todos muito bem.
Para além disso, aproveitamos muito a aprendizagem nos treinos, pois o Prof. Hugo Silva, que é o seleccionador dos Seniores, é um treinador muito bom e ensinou-nos algumas coisas que nos vão ser úteis quer nos treinos quer nos jogos.
No clube, também retiramos benefícios do facto de termos, na minha opinião, um grande treinador, o Prof. Durval Pinheiro. Pratico Voleibol há oito anos e estou com o Prof. Durval desde os Minis. Incentivou-me sempre a procurar melhorar cada vez mais”.


O trabalho que realizam no Ginásio está a produzir os seus frutos?

AF: “Estamos a trabalhar no sentido de procurarmos vir a ser campeões nacionais. Já conseguimos ser campeões regionais ao vencermos a Academia José Moreira. Se conseguirmos dar o nosso melhor, penso que conseguiremos o título nacional.
Temos um ataque muito forte, em relação às outras equipas. O bloco também é eficaz. O problema prende-se mais com a recepção e também com a defesa, pois temos de tocar mais na bola e mantê-la no ar”.


E quanto a objectivos pessoais?

AF: “Gostaria de chegar aos Seniores e integrar uma equipa que me desse possibilidade de chegar a profissional, quem sabe, continuar a fazer parte da lista de convocados das selecções nacionais e que o Ginásio continuasse a somar êxitos desportivos, pois é um clube em que existe uma harmonia e um grande espírito de clube. Quem vier experimentar, de certeza que irá gostar, pois o trabalho que realizamos aqui tem em vista o nosso desenvolvimento como jogadores”.




  Vera Assunção: “A nossa equipa é muito unida e aguerrida” 



Vera Assunção, capitã de equipa dos seniores femininos, trilhou todo o caminho na Formação do Ginásio, desde os Minis até às Seniores.


VERA ASSUNÇÃO:
“Foi um percurso que gostei muito de fazer e que me trouxe até alguns momentos altos em termos desportivos, já que fui por duas vezes a uma fase final, em Juvenis e em Juniores, e agora com as Seniores estou na I Divisão. Considero isso um aspecto muito gratificante e muito bom para o meu percurso.
Das atletas que foram minhas colegas em infantis, três mantêm-se no clube. Fizeram todo o trajecto que eu fiz e se isso acontecesse sempre, seria muito bom para o clube, pois aproveitaria muitas jogadoras da sua Formação”.


Como é que te defines como jogadora?

VA:
“Penso que o que se salienta mais em mim é a minha vontade de ganhar. Mesmo nas situações de jogo que fazemos nos treinos, estou sempre concentrada ao máximo em atingir a vitória.
Como capitã das Seniores, penso que consigo transmitir esse espírito combativo às outras jogadoras, mas, em relação às funções de capitã, que desempenho desde o ano passado, considero que ainda estou a aprender o que é capitanear uma equipa.
Sou um bocado impulsiva e acho que isso é mais evidente nos jogos. Estou a tentar melhorar esse aspecto, tornando-o mais positivo para a equipa, mas acho que a vontade que eu tenho de ganhar também é transmitida a toda a equipa.
Para além disso, como não temos Juniores, acompanho e conheço melhor a equipa de Juvenis, que é o escalão que está abaixo das Seniores, e que por vezes treina connosco.
A nossa equipa tem evoluído muito desde o início da época e é muito unida e aguerrida. Atravessámos um período complicado, pois tivemos de lutar pela manutenção na I Divisão.
O Ginásio merece continuar na I Divisão porque, acima de tudo, é uma casa e uma família com a qual posso contar nos bons e nos maus momentos”.




  Manuel Barbosa: “Dedicação, espírito de sacrifício 
  e vontade de lutar pelos objectivos” 



Manuel Barbosa
, treinador das Juvenis e das Seniores, foi treinador do CA Trofa, equipa que se sagrou campeã nacional de Seniores Femininos por diversas vezes, tendo mesmo disputado a Liga do Campeões.
 

O que espera das atletas quando estas começam a integrar a equipa de seniores?

MANUEL BARBOSA: “Além das Seniores, também oriento outro escalão de Formação e procuramos que elas assimilem a cultura do clube para que quando chegarem às seniores tenhamos já atletas com um percurso sólido e que possam ajudar a equipa sénior a tornar-se cada vez mais forte. Isso está a ser conseguido, pois grande parte do grupo de trabalho é constituído por atletas oriundas dos escalões de Formação.
Um bom exemplo disso é a Vera, que tem um percurso nas camadas mais jovens e uma grande experiência no clube.
Tem um aspecto de liderança forte, características que gosto de ver numa capitã, e aliando esses dois aspectos achei que era a atleta ideal para liderar uma equipa sénior”.


Já foi campeão nacional várias vezes, o que é faz de uma atleta uma boa profissional?

MB:
“A dedicação, o espírito de sacrifício e a vontade de lutar pelos seus objectivos ajudam a consolidar a carreira de uma grande atleta.
O que estamos a tentar fazer aqui, no Ginásio, é formar não apenas atletas mas também pessoas, de modo a que desenvolvam uma cultura e uma personalidade fortes e que nos possam ajudar a vencer e a alcançar outros patamares como equipa de seniores”.


Como caracteriza o trabalho que está ser desenvolvido no Ginásio?

MB:
“Estou no clube há três épocas e a qualidade do trabalho realizado aqui tem vindo a crescer de ano para ano. Tem havido um crescimento significativo e sido feito um trabalho de desenvolvimento, quer nos masculinos quer nos femininos”.


Há algum objectivo por realizar?

MB:
“Gostava que houvesse cada vez mais atletas a praticar Voleibol no clube e que fossemos cada vez melhores em termos quantitativos e qualitativos para que, com uma equipa de seniores na sua maioria formadas no clube, pudéssemos lutar por outros objectivos, como, por exemplo, ficar nos quatro primeiros”.

 

 

  Bruno Carvalho: “Companheirismo de toda a gente é marcante" 



Bruno Carvalho
é o capitão dos Seniores, tendo feito todo o seu trajecto de praticante no GC Santo Tirso.
 

Duas décadas num clube são quase uma vida. Como é que tudo começou?

BRUNO CARVALHO: “Para ser sincero, comecei a treinar por brincadeira. Foi uma boa experiência: chamaram-me, experimentei, gostei bastante de treinar no Ginásio e comecei a jogar aqui.
O meu percurso nos diversos escalões tornou-se menos difícil porque eu tive sempre a noção de que era preciso trabalhar muito.
Nada é fácil na nossa vida e eu tive de trabalhar muito e lutar bastante porque ao meu lado estiveram sempre colegas que treinavam com enorme vontade e jogavam bem. Era uma concorrência salutar, mas sempre presente”.


Quais os momentos que distinguirias?

BC:
“O que mais me marca no Ginásio é o clube em si, o companheirismo de toda a gente, desde seccionistas, treinadores a colegas de equipa e também alguns títulos, não muitos é verdade, que foram ganhos desde que aqui estou”.


Falando com a voz da experiência. Como é que um clube como o Ginásio de Santo Tirso consegue manter duas equipas nos escalões do nível nacional mais alto e ainda ter tantos atletas nos escalões de Formação?

BC:
“A melhor explicação que consigo encontrar é no trabalho diário e no facto de as pessoas que estão envolvidas no Voleibol, o Presidente, os directores, os seccionistas, os treinadores, etc., lutarem todas pelo mesmo objectivo, sempre com companheirismo, nos treinos e nos jogos de todos os escalões.
Neste momento, temos uma equipa sénior com gente muito nova, alguns ainda Juniores, mas que com muito trabalho conseguem chegar a bom porto.
É provável que no meu tempo de júnior sentíssemos com mais intensidade o momento de integrarmos a equipa sénior, mas acredito que eles vão começar a criar aquele bichinho de jogar nos Seniores”.
 

Que objectivos é que gostarias de ver atingidos?

BC:
“O principal objectivo nesta minha caminhada final seria ver os Seniores masculinos chegarem à I Divisão e, se possível, comigo incluído no lote desses jogadores.
Aos mais jovens posso dizer que com muito trabalho e companheirismo e espírito de entreajuda conseguiremos atingir aos nossos objectivos.
Sempre que falo do Ginásio Clube de Santo Tirso faço-o com um sorriso nos lábios pois pensar no clube provoca-me sentimento de alegria porque sempre gostei de estar cá e toda a gente foi sempre boa para mim”.

 

O Ginásio Clube de Santo Tirso, com raízes profundas no campo da Formação, tem actualmente mais de uma centena e meia de atletas de Voleibol, que trabalham para aumentar os êxitos desportivos do clube tirsense, onde constam já sete títulos nacionais: Seniores Femininos (II Divisão), Seniores Masculinos (II* e III Divisão), Juvenis (Taça Nacional), Cadetes e Iniciados (2).

* Nesta época, foram disputadas as competições: Campeonato Nacional, I Divisão e II Divisão.


 

Junho 2015
 





 

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