João José, capitão de Portugal, disse hoje adeus à
Selecção Nacional ao fim de 256 internacionalizações.
O central de 37 anos, melhor blocador no Mundial de
2002, mostrou-se tranquilo na hora da despedida. [Ver
vídeo]
"Sentimos que é qualquer coisa que está a ir embora.
Algo que vai deixar de existir. Todos os anos, se havia
alguma coisa que eu tinha como garantido era que chegava
a Maio e tinha que estar aqui na Selecção [Risos].
Sair significa despir a camisola, significa não cantar
mais o hino.
É complicado... acho que a altura em que senti realmente
que ia embora foi hoje quando comecei a cantar o hino.
Sabemos que quando despimos a camisola da Selecção vamos
deixar de o poder fazer.
Foi uma decisão ponderada e amadurecida ao longo dos
últimos anos.
De que vou sentir mais falta? Das pessoas, para além do
prazer de representar a selecção. Um dos pontos fortes
da nossa selecção foi sempre a camaradagem, a nossa
predisposição para nos ajudarmos uns aos outros".
JJ fez o que ninguém pensaria que fosse possível: um
jogador português ser verdadeiramente reconhecido como
um dos melhores do mundo. Foi o melhor blocador no
Mundial de 2002, na Argentina, e criou uma carreira
internacional sólida e com muito sucesso. Nas oito
épocas que jogou pelo Friedrichshafen na Alemanha,
venceu 7 campeonatos, 5 taças e uma Liga dos Campeões.
FINLÂNDIA MAIS FORTE NA HORA DA
DESPEDIDA
05-07-2015
A Selecção Nacional precisava do apoio do público para
tentar vencer a Finlândia por 3-0 ou 3-1 e assim
assegurar a permanência no Grupo 2 da Liga Mundial 2016.
O público respondeu ao apelo e compareceu em número e
entusiasmo no Pavilhão Desportivo Municipal da Póvoa de
Varzim, ainda para mais quando soube que este seria o
jogo da despedida do capitão João José, mas a Finlândia
não ajudou à festa, jogando de forma determinada e
irrepreensível, atitude que foi recompensada com o
triunfo, merecido, por 3-1 (25-18, 25-20, 18-25 e
25-23).
No primeiro set, a Finlândia chegou a vencer ao primeiro
tempo técnico por três pontos (8-5), diferença igual ao
número de serviços falhados pelos portugueses...
O segundo serviço directo do distribuidor Eemi
Tervaportti manteve a distãncia (10-6). Marco Ferreira,
com o seu terceiro ponto no ataque, ainda reduziu, mas
os nórdicos voltaram à carga (14-10) e, mais tarde,
17-13, com um serviço directo de Urpo Sivula.
Pouco depois, a diferença era já de seis pontos (21-15)
e avolumou-se ainda mais (24-17), com Olli-Pekka
Ojansivu a selar o triunfo da Finlândia com o resultado
de 25-18.
O segundo set abriu com o terceiro serviço directo de
Tervaportti. A Finlândia chegou aos 6-2. João José
respondeu com um serviço directo (4-6), mas a equipa
orientada por Tuomas Sammelvuo não se impressionou e
atingiu o primeiro tempo técnico a vencer por 8-4.
Valdir Sequeira reduziu (5-8) com um ataque e com um
serviço (7-9).
Todavia, Ojansivu rubricava, com seu segundo serviço
directo, o seu 12.º ponto no jogo (17-12). A Finlândia
ainda aumentou a diferença (20-17, 23-15).
Alex, com um bloco, e Marco, um ataque, ainda reduziram
(18-23), mas era tarde demais e a Finlândia venceu por
25-20, acabando com o sonho dos portugueses em
permanecerem no Grupo 2.