06-JUNHO-2015 SELECÇÃO NACIONAL
JÁ PENSA NA BÉLGICA

A Finlândia exibiu-se hoje a um bom nível e voltou a vencer Portugal, em
jogo da Poule E da Liga Mundial 2015, mas desta feita com muitas mais
dificuldades, que mesmo o resultado (3-1:
25-23, 28-30, 25-14 e 25-23) e a duração do jogo (2h21) não
reflectem com exactidão.
Portugal bateu-se bem, cometeu menos erros - excepção feita ao terceiro
set, em que tudo correu mal... - e poderia mesmo ter obtido outro
resultado, não fosse a maior experiência e frieza demonstrada pelos
nórdicos nos momentos decisivos dos parciais.
Agora, a Selecção Nacional, que regressa amanhã (20h55, voo TP 651) ao
Porto, vai defrontar fora e em fins-de-semana consecutivos os belgas (13
e 14 de Junho) e os holandeses (19 e 20 de Junho), recebendo depois, na
Póvoa de Varzim, os belgas (27 e 28 de Junho) e os finlandeses (4 e 5 de
Julho).
Portugal entrou a perder no primeiro set (0-1), que esteve equilibrado
nos momentos iniciais (3-4) e nos momentos finais.
Alguma desorientação dos portugueses e a eficácia dos
finlandeses nas jogadas junto à rede - três blocos consecutivos de Matti
Oivanen e Olli-Pekka Ojansivu - fizeram disparar a Finlândia no marcador
(8-3).
Um serviço directo de André Lopes amenizou a diferença (7-10), mas um
ataque de Ojansivu voltou a repor os números (7-12).
Portugal
reaproximou-se (12-15), mas Antti Siltala, capitão dos finlandeses,
colocou a sua equipa a vencer por 16-12 à paragem para o segundo tempo
técnico.
Um bloco de Fabrício Silba (Kibinho) fez o 14-16 e um ataque de Marco
Ferreira o 16-17, obrigando Tuomas Sammelvuo a reunir com os seus
jogadores.
Um serviço directo de Oivanen fez com que Hugo Silva fosse obrigado a
parar o jogo (16-19). O pedido de tempo surtiu efeito, pois Kibinho
pontuou no ataque, a Finlândia respondeu com um ataque para fora e
o mesmo Kibinho fez um «ás», igualando a partida (19-19).
Um bloco de Marcel Gil colocou Portugal pela primeira vez na liderança
do marcador (20-19).
Contudo, quando o parcial entrou na recta final, o nervosismo pareceu
tomar conta das duas equipas, sobretudo de Portugal, pois
Sivula fez o 23-21, com um serviço directo, e tudo se complicou ainda
mais para
Portugal.
Marcel Gil encurtou a diferença, mas Ojansivu colocou a Finlândia a um ponto
da vitória. Hugo Gaspar ainda tentou levar a decisão para as vantagens,
mas um serviço falhado pelos portugueses ditou o resultado: 25-23,
favorável aos nórdicos.
No segundo set, Portugal entrou bem mais determinado e seguro de si
(3-1, 7-4), obrigando os finlandeses a cometer algumas falhas.
João Oliveira contabilizou o seu quinto ponto e Portugal chegou ao
primeiro tempo técnico em vantagem (8-5).
Uma série de três serviços consecutivos falhados por ambas as equipas
denunciava alguma ansiedade...
Jukka Lehtonen fez um «ás» (8-9), mas
Portugal voltou a abrir a distância através de um amorti de André Lopes
e do nono ponto individual de Hugo Gaspar (12-9).
A Finlândia encurtou o terreno após um ponto muito disputado, com
defesas de parte a parte, que empolgou o público (11-12).
Contudo, Portugal extravasava confiança e foi com um serviço directo de
Kibinho que chegou ao segundo tempo técnico com uma vantagem de quatro
pontos (16-12).
Hugo Gaspar mostrava-se imparável no ataque (17-13) e Tiago Violas
acompanhava essa eficácia no serviço (18-13).
Tuomas Sammelvuo reuniu com os seus jogadores, mas foi João Oliveira que
facturou no ataque (19-13).
Marcel Gil fez o 20-14 com autoridade e começou a ser visível algum
desânimo nas hostes de apoio nórdicas.
André Lopes assinou, com um ataque, o 22-16, mas a Finlândia fez um
pressing final e Siltala e Tomi Rumpunen recuperaram algum terreno
(19-22).
Um ataque de Marco Ferreira fez o 23-19 e tudo parecia decidido. Assim
não o entenderam Ojansivu (2 ataques) e Oivanen (3 serviços directos
consecutivos!), que deram a volta ao marcador (24-23).
Depois, foram momentos de grande suspense ditados pelo jogo de parada e resposta...
Oivanen falhou
um serviço, mas Ojansivu facturou. Gaspar respondeu à altura (25-25).
Ojansivu atacou para fora, Lehtonen recuperou no ataque, mas Marcel Gil
pôs Portugal na frente (27-26). André Lopes manteve a preciosa diferença
(28-27). Ojansivu igualou ao fazer o seu 15.º ponto, mas Gaspar, com um
amorti, recuperou a liderança e Kibinho, com um bloco individual, selou
o mais do que merecido triunfo dos portugueses: 30-28.
No terceiro set, Portugal parecia apostado em continuar a
(im)pressionar: Gaspar e André fizeram dois blocos consecutivos (6-3) e
obrigaram Tuomas Sammelvuo a repensar a sua estratégia.
Um serviço directo do distribuidor Tervaportti colocou a Finlândia a um
ponto de distância (6-5), mas Portugal logrou chegar em vantagem ao
primeiro tempo técnico (8-6).
Depois, e inexplicavelmente, os portugueses deixaram crescer o seu
opositor, revelando ainda um nervosismo que ditou alguns erros infantis e fez a
equipa de Hugo Silva abrir mão do controlo do jogo...
Um ataque desperdiçado por Portugal igualou o marcador (8-8) e a
Finlândia passou para a frente pouco depois (10-9).
O bloco da Finlândia funcionava em pleno (13-10) e Ojansivu continuava a
somar pontos no ataque (15-12).
Um serviço feliz de Tervaportti começou a cavar um fosso pontual que
Portugal ainda ajudou a tornar mais fundo, com um ataque para fora
(19-12).
A eficácia dos nórdicos contrastava com a descrença dos portugueses, que
começaram a cometer erros até aí pouco vistos neste jogo e que sentenciaram
o desfecho do set (13-23).
Ojansivu fez o seu 18.º ponto (23-13) e Portugal respondeu com um ataque
falhado, com a Finlãndia a fechar o desnivelado set com um bloco de
Oivanen: 25-14.
No quarto set, Hugo Gaspar fez o 16.º ponto da sua conta pessoal (3-2),
mas a Finlãndia passou para a liderança com (mais) um serviço directo de
Tervaportti (4-3).
O terceiro «às» de André Lopes saldou-se no 7-5. Siltala ainda reduziu, mas
Portugal chegou em vantagem à primeira paragem obrigatória através de
uma ataque concretizado por João Oliveira (8-6).
Urpo Sivula igualou com mais um serviço directo (8-8) e Oivanen deu
vantagem à sua equipa com outro serviço indefensável (12-10), o 12.º
«ás» dos finlandeses...
Marcel Gil estancou a hemorragia pontual (11-13), mas um ataque de
Siltala desferido da segunda linha voltou a fazer os locais descolarem,
permitindo-lhes
chegar ao segundo tempo técnico com uma vantagem de três pontos
(16-13).
Tiago Violas, com um serviço directo, fez tremer o pavilhão (16-17), mas
os portugueses não conseguiam assentar o seu jogo e desperdiçavam pontos
no ataque (16-19).
Um bloco de Oivanen, seguido de um serviço falhado pelos portugueses, ditou a sentença (22-17).
Mas Portugal sentiu-se injustiçado e lutou pela vitória, transformando o
resultado de 20-24 numa diferença mínima... Acossados, nem assim os
finlandeses perderam a frieza nórdica e foi o capitão Antti Siltala quem
fechou (25-23) o segundo triunfo dos finlandeses na presente edição da
Liga Mundial.
Hugo Gaspar e o finlandês Olli-Pekka Ojansivu, ambos com 18 pontos,
foram os melhores pontuadores do jogo.
No final, Hugo Silva, Seleccionador Nacional, salientou:
"Já estávamos avisados de que não iria ser um jogo fácil. A maturidade
da Finlândia é algo intocável: é uma equipa experiente e já rodada nesta
Liga Mundial.
Sabíamos que íamos ter algumas dificuldades com a entrada de alguns
jogadores, quer do Marcel quer do João Oliveira, mas penso que tirando
alguns momentos menos bons, hoje demos uma boa resposta, lutámos pelos
pontos e pelo jogo e, se tivéssemos a maturidade evidenciada pela
Finlândia no fecho dos sets, se calhar o resultado poderia ter caído
para nós".
João José, capitão de Portugal, também reconheceu:
"As duas selecções estiveram bem melhor neste jogo do que no de ontem.
Encontrámos algumas soluções para os nossos problemas, mas não ao longo
de todo o jogo.
Vêm aí os jogos com a Bélgica e temos de melhorar muito".
O central Marcel Gil contabilizou 10 pontos:
"Acima de tudo, hoje jogámos com mais paciência e isso fez com que o
nosso sideout começasse a sair muito melhor do que ontem logo desde o
início do jogo. Ontem, a ineficácia do sideout desmotivou-nos...
Contudo, nos finais dos sets, quebrámos um pouco na recepção, não
conseguindo criar obstáculos aos bons serviços dos finlandeses. Lutámos
com o nosso bloco, que funcionou por várias vezes, mas foi insuficiente.
Vamos a ver se frente à Bélgica conseguimos apresentar mais consistência
no nosso jogo".
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