A Federação Internacional de Voleibol
(FIVB) é criada em 1947. O seu primeiro Congresso realiza-se em
Paris de 18 a 20 de Abril e nele participam 14 Países: Bélgica,
Brasil, Checoslováquia, França, Holanda, Israel, Itália,
Líbano, Polónia, Portugal, Roménia, Turquia, Uruguai e Estados
Unidos da América. Paul Libaud (Francês), é eleito como
primeiro Presidente. O Congresso define os primeiros estatutos e
regras, e procura harmonizar as regras do jogo americanas e
europeias. São nomeadas duas Comissões, uma para "regras
do jogo" e outra para a "arbitragem".
Em 1948, realiza-se o primeiro Campeonato
Europeu de Seniores Masculinos, em Roma, com a presença de 6
Países: Bélgica, França, Holanda, Portugal, Itália e
Checoslováquia.
No ano seguinte é a vez do 1º
Campeonato do Mundo de Seniores Masculinos, em Praga, com a
participação de 10 equipas, sendo o pódio ocupado pela
ex-URSS, Checoslováquia e Bulgária. Realiza-se também o 2º
Congresso da FIVB, em que as Regras Internacionais de Jogo são
adoptadas. Em 1949, é realizado também o primeiro Campeonato
Europeu de Seniores Femininos. A ex-URSS e a Checoslováquia
ocupam os primeiros lugares.
De 17 a 22 de Agosto de 1952,
realiza-se o 1º Campeonato do Mundo de Seniores Femininos, em
Moscovo, com a participação de oito Países: Bulgária,
França, Hungria, Índia, Polónia (2ª), Roménia,
Checoslováquia (3ª) e URSS(1ª).
O Voleibol participa pela primeira
vez nos Jogos Olímpicos de Tóquio 1964. No Torneio
Olímpico Masculino com dez equipas, o vencedor é a URSS. No
Torneio Olímpico Feminino com oito equipas, o vencedor é o
Japão.
A FIVB é hoje a federação
internacional com mais federações nacionais filiadas:
ultrapassou mesmo a federação de atletismo que durante longo
tempo foi o organismo contando com o maior número de
federações filiadas.
Paralelamente, o número de
pessoas que praticam o Voleibol, aumentou também
consideravelmente: de 500 milhões em 1986, para 800 milhões
actualmente, dos quais 200 milhões são jogadores regularmente
em actividade.
Para governar, gerir e orientar
este movimento, a FIVB teve de melhorar a sua organização
interior. Aumentaram assim, o número de Comissões:
Organização Desportiva, Médica, Treinadores, Jurídica,
Financeira, Leis do Jogo, Arbitragem, Gestão, Voleibol na
Escola, Técnica, Mass Média, Conselhos Mundiais do Voleibol de
Praia, do Grande Prémio Feminino e da Liga Mundial Masculina.
No Congresso da FIVB de 1995,
realizado na Grécia, é apresentado o Plano Mundial 2001
cujos objectivos são:
-
Pôr o Voleibol e o Beach
Volley entre os maiores desportos a nível mundial,
continental e nacional.
-
Colocar o Voleibol e o Beach
Volley entre os desportos mais interessantes da cena
desportiva internacional como Desporto de Top para
espectadores apoiado pelos média.
-
Transformar as mais
importantes competições de Voleibol e Beach Volley a
nível nacional, continental e mundial, em eventos para
os Media, fortemente televisionados e devidamente
financiados por sponsors internacionais.
-
Tornar cada Federação
Nacional, Confederação e a própria FIVB, a curto prazo
organizações extremamente profissionais, cada uma ao
seu nível, com uma moderna, flexível e eficiente
gestão.
-
Aumentar o número de Países
capazes de jogar ao Alto Nível de modo a apresentar um
Voleibol mais competitivo, espectacular e atractivo.
É um plano ambicioso, que contém
todas as estratégias susceptíveis de assegurar um novo
desenvolvimento do Voleibol a nível mundial.
Pela primeira vez, uma Federação
internacional decide planificar o seu futuro, empregando os
mesmos critérios que os grandes organismos internacionais ou as
multinacionais mais conhecidas.
A imagem do Voleibol em todo o
mundo é muito positiva: é a imagem de um desporto jovem,
espectacular, moderno, limpo, saudável, atractivo para os
espectadores, os sponsors e as televisões. Isto é devido em
grande parte ao desenvolvimento espectacular dos últimos anos. A
FIVB, graças às manifestações de alto nível (World Cup, All
Stars, Liga Mundial, Grande Prémio Feminino, Campeonatos
Mundiais da Juventude), conseguiu dar a conhecer o Voleibol de
alto nível a 600.000 espectadores e a 1.200 milhões de
telespectadores.
O grande desenvolvimento do
Voleibol de Praia, tornando-se uma disciplina capaz de interessar
a um público muito numeroso em todas as latitudes, das praias
junto ao mar, aos centros das grandes cidades em campos
adaptados, não fez mais do que aumentar o interesse em relação
ao Voleibol em geral.
A introdução desta disciplina no
programa dos Jogos Olímpicos, é mais um passo suplementar para
a FIVB, que lhe permitirá desenvolver a sua acção em todas as
latitudes, em direcção do futuro, no âmbito do Plano Mundial
2001.